Igualitarismo: uma heresia

Introdução

O igualitarismo tem se tornado uma doutrina cada vez mais popular em vários segmentos da sociedade, inclusive dentro das igrejas. Esse pensamento prega que todas as distinções entre os gêneros são meramente culturais e que não há hierarquia no papel de homens e mulheres no lar e na igreja. No entanto, essa ideia não encontra respaldo nas Escrituras e vai contra a ordem criada por Deus.

A Ordem Criacional e o Propósito de Deus

Desde a criação, Deus estabeleceu papéis distintos para o homem e a mulher. Em Gênesis 2:18, Deus declara: “Far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea”. A mulher foi criada como auxiliadora do homem, e não em uma posição de autoridade sobre ele. Essa estrutura é confirmada pelo apóstolo Paulo em 1 Coríntios 11:3: “Quero, entretanto, que saibais ser Cristo o cabeça de todo homem, e o homem, o cabeça da mulher, e Deus, o cabeça de Cristo”.

John Piper e Wayne Grudem afirmam que “a igualdade de valor entre homens e mulheres não significa que ambos tenham o mesmo papel e função. Deus ordenou uma estrutura em que os homens lideram em amor e as mulheres se submetem com alegria” (Recovering Biblical Manhood and Womanhood, p. 35). A negação dessa distinção resulta na corrupção da ordem divina e na rejeição da soberania de Deus.

A Função dos Gêneros na Igreja

No Novo Testamento, o papel de liderança e ensino público é claramente atribuído aos homens. Em 1 Timóteo 2:12-13, Paulo escreve: “E não permito que a mulher ensine, nem que exerça autoridade de homem; esteja, contudo, em silêncio. Porque, primeiro, foi formado Adão, depois, Eva”.

Essa instrução é fundamentada na criação, e não em uma questão cultural passageira. Isso significa que a proibição do ensino e liderança pastoral para mulheres é uma determinação divina, e não uma regra baseada em normas sociais mutáveis. John MacArthur enfatiza que “o ministério pastoral é uma vocação divina restrita a homens chamados por Deus, conforme estabelecido nas Escrituras” (Different by Design, p. 23).

O Perigo da Influência Igualitária

O igualitarismo é perigoso porque distorce a Palavra de Deus para se adequar às tendências culturais modernas. Quando as igrejas cedem a essa pressão, abandonam a verdade bíblica em favor de um humanismo secular. Charles Hodge alerta: “A corrupção da doutrina é um dos meios mais eficazes para a destruição da Igreja” (Systematic Theology, vol. 1, p. 101).

A história mostra que denominações que adotaram a teologia igualitária eventualmente cederam a outras heresias, como a negação da inerrância das Escrituras e a aprovação de condutas imorais.

O Papel das Mulheres na Igreja

A oposição ao igualitarismo não significa que as mulheres são menos importantes na igreja. Pelo contrário, as Escrituras mostram vários exemplos de mulheres piedosas que desempenharam papéis fundamentais na obra de Deus. Tito 2:3-5 instrui que as mulheres mais velhas devem ensinar as mais jovens a serem “sensatas, boas donas de casa, bondosas, sujeitas ao seu marido, para que a palavra de Deus não seja difamada”.

Mulheres como Priscila (Atos 18:26), Febe (Romanos 16:1) e Lídia (Atos 16:14-15) são exemplos de serviço fiel, mas sempre respeitando a estrutura estabelecida por Deus. Como afirma Matthew Henry, “quando as mulheres exercem sua piedade na esfera que Deus lhes designou, sua influência é uma bênção para a igreja e para a sociedade” (Commentary on the Whole Bible, p. 947).

Conclusão

O igualitarismo é uma heresia porque rejeita a ordem criada por Deus e subverte a estrutura estabelecida nas Escrituras. Essa doutrina tem levado muitas igrejas a se afastarem da verdade bíblica e a abraçarem erros ainda mais profundos. O crente fiel deve permanecer firme na sã doutrina e rejeitar qualquer ensino que contradiga a Palavra de Deus.

Como declarou Martinho Lutero: “Minha consciência é cativa à Palavra de Deus. Não posso e não quero me retratar de nada, pois ir contra a consciência não é seguro nem correto”. Que permaneçamos firmes na verdade revelada por Deus.